Um filme que divide opiniões entre os fãs mais apaixonados e os fãs que curtem o artista
por suas músicas sem buscar grande aprofundamento sobre seus anseios e sofrimentos
ao longo de uma carreira aliada a fé, militância, amor e por consequências da militância
em suas palavras, a construção de pontes em nome da paz.
Um filme que divide opiniões entre os fãs mais apaixonados e os fãs que curtem o artista
por suas músicas sem buscar grande aprofundamento sobre seus anseios e sofrimentos
ao longo de uma carreira aliada a fé, militância, amor e por consequências da militância
em suas palavras, a construção de pontes em nome da paz. O filme Bob Marley: One
Love nos entrega um momento peculiar da carreira do Rei do Reggae, aos idos de 1976
a 1978, período em que o filme se passa quase que literalmente, momento no qual Bob
após sofrer um atentado na Jamaica, fica em Londres e alimenta suas reflexões sobre os
rumos de sua carreira e as mensagens em suas canções, sua vida pessoal e seu
envolvimento com o movimento rastafari.
Temos um ápice no filme ao Bob Marley estar frente a seu atirador, momento no qual
temos a genialidade do Diretor Marcus Green retratada na cena, lembrando que o
mesmo de forma incrível nos trouxe em seu filme King Richard – Criando campeãs, a
cinebiografia que conta a trajetória de vida das irmãs Willians que são incríveis estrelas
do Tênis, pelo olhar e história de vida de seu pai (King Richard) interpretado por Will
Smith e lhe rendeu um Oscar de Melhor Ator em 2022. Mas voltando a cinebiografia de
Bob Marley, temos outro grande momento dentre alguns deste belo filme é sua histórica
apresentação no festival “One Love Peace Concert”, o auge de sua carreira com hits
que surgiram no período acima citado, hits como – Positive Vibration, Kaya, Exodus,
Three Little Birds, Jamming, Is This Love, One Love, dentre outros grandes hinos do
Reggae, com mensagens carregadas de reflexões e uma forte exaltação ao amor e a paz.
A atuação de Kingsley Ben-Adir nos traz um verdadeiro encanto, pois o ator não é
músico e nem jamaicano, o que nos tem por presentear com atuação grandiosa ao lado
de Lashana Lynch (Mulher Rei, 007 – Sem tempo para morrer, Matilda: O musical,
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura) como Rita Marley e grande elenco
coroando assim toda a trama em sua narrativa ao retratar os eventos vividos pelo Rei do
Reggae.
Por fim, venho lhes convidar a conhecer um pouso mais de Bob Marley nesta
cinebiografia, seus dramas, alegrias, processo criativo e não somente termos um artista
grandioso como o cara que fala de maconha e ponto. Não, não mesmo, Bob Marley nos
ensina em suas letras a importância do respeito, do amor, da temperança e o perdão, pois
como ele mesmo nos disse e esta frase é extemporânea:
“As pessoas que estão tentando fazer deste mundo pior, não estão tirando um dia
de folga. Como posso eu?”
E sobre as divisões de opinião… assistam, se emocionem, investiguem a origem das
músicas de Bob, traduzam suas letras, conheçam mais sobre a grandiosidade do Rei do
Reggae, e que este filme lhes sejam a porta de entrada a novas convicções sobre este
grande e eterno artista.
Texto por:
Renato Preto Basquiat – Professor, Poeta, Escritor, Crítico e Agitador Cultural
